segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Longa vida à Juan Carlos I

Hoje de manhã no trabalho divagávamos que o Chuck Norris perde para o Capitão Nascimento nos quesitos : Machos de Respeito, Personagem Principal de Piada Machista e Paródias.
Mas a boa nova mesmo é mandar o Hugo Chavez calar a boca.
Juan Carlos I manda Hugo Chavez calar a boca!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Tentar arrancar com faca

Foi tão rápido quanto a velocidade de uma rolha de champagne, que estoura numa virada de ano.Vai passar, é inevitável, mas por enquanto, esse pensamento é só um impulso que me ajuda à levantar da cadeira.
O que vai acontecer agora quando ouvir aquela música, eu não sei.Não existe mais aposta, não encontrei uma resposta, nada plausível, nada confortante.O pior, é que uma se multiplicou e de repente, aqueles trechos embalado em doces, nervosas, ritmadas melodias, se transformaram em outros, e outros, e agora, são tantas canções que me lembram você.
Preciso me mudar pra um lugar onde a chuva nunca pare de não cair por alguns dias.Preciso encarar as brincadeiras e piadas com aquele sotaque como algo bem normal, e me conformar, pensando que elas não cessarão por um bom tempo.Achar nisso uma maneira de brincar comigo mesma, de poder achar que tudo está bem.
Porque em casa de avó tem que ter, em todos os fins de semana, uma sobremesa daquela sua fruta?Sentir o cheiro dela não me agrada em mais nada, porque o impulso de ligar e dizer pra vir aqui é algo que preciso controlar, agarrar com as minhas mãos e não deixar escapar por entre os dedos.
Ah meu bem, eu passo por aquela rua todos os dias, eu passo pela portaria na volta pra casa e meus olhos vão direto onde o seu carro costumava estacionar.Impressionante é como sempre tem um lugar por ali, vazio, esperando.Se eu pudesse conversar com ela, aquela rua, que foi minha por 15 anos, eu diria o quanto ela é marcante pra mim, e pediria, muito, pra ela nunca deixar aquele lugar vazio numa tarde de chuva, se eu estiver prestes a passar pelas grades do prédio.
E aquela letra, tão bonita, que fala sobre coisas mágicas.Eu não gosto dessa música e ela não vai se juntar à tantas outras que vão me lembrar as coisas ruins de quando se divide algo com outra pessoa, e no fim, não dividiu, deu, e deixou perder.
Eu, porém, não vou esquecer meu bem, das palavras naquele lugar escuro, com música alta, que eu julguei terem sido uma das melhores coisas que já ouvi.Agora, pensando bem, tinha muito álcool em jogo, e as palavras foram usadas como dados, jogados aleatoriamente, apesar de você ter tentado segurá-los em suas mãos por muito tempo antes de atirá-los no tabuleiro e esperar que eles decidissem o próximo passo a ser tomado.O problema, é que o caminho que os dados te indicaram não condiziam com a tática do jogo,e, acontece que, você perdeu.
Quem está com o olhar baixo e não acreditando que você perdeu nesse jogo sou eu, era muito mais importante pra mim, apesar de eu ser só sua parceira na partida, é mais complexo que qualquer um que lembro ter jogado.A vontade é de nunca mais participar de nenhuma partida dele, mas não dá, essa droga de vida vai me exigir muito mais habilidade, cada dia, pra jogar mais e mais vezes, pra outros errarem e eu sofrer as consequências, pra eu errar e lembrar que essas consequências vão perdurar em outras pessoas.Por muito tempo.
Talvez eu não queira assumir que a culpa pode ter sido toda minha, eu posso ter te mimado de mais, mas ainda não estou achando isso algo ruim à ponto de fazer tudo desmoronar, como um vento que bate em um castelo de cartas em cima de uma mesa de vidro.Não, parece que foi pior, não derrubou só as cartas, mas também a mesa, que no exato momento em que espatifava e transformava-se em muitos pedaços, um desses veio na minha direção, entrou e se alojou no lado esquerdo do meu peito.