As vítimas, os culpados.Estão todos convivendo aqui e agora, no mesmo espaço e tempo.O culpado, sabe Deus onde está, não faz idéia, e se faz, não se importa, é prepotente, egoísta, ao mesmo tempo que não é, mas com os outros.Largou alguém e isso já é uma contradição, porém, a máscara de bobo da corte não o deixa enxergar à olho nu o que quase se personifica.A vítima sofre, calada, despeja todo o seu pesar onde primeiro encontrar o mínimo de apoio.Seus muros abandonaram a forma, ela se pergunta, mais uma vez:
"Amar é ver alguém morrer?
Como você não consegue ver o que qualquer um pode?Que todos os dias, esvai-se um pouco da tranquilidade e controle que outrora estiveram tão presentes?Isso é 'morrer".
É vazio, é ruim.Você levou consigo os meus sentimentos?
Eu puxo o ar, pra sentir que as minhas células, que meu corpo funciona em harmonia, mas não é possível, eu não me sinto viva.O nosso nascer do sol me aparece um lilás rosado, como se já não nascesse, e sim, marcasse a presença de costas, e em seguida, partisse em retirada.Sem pássaros da tarde, sem trânsito, sem sorrisos.Acidentalmente.Como se quisesse te incentivar a desistir.
O tempo é culpado?Ele bem que tentou ajudar, lutou contra o "consigo tomar o rumo que eu quiser, consigo seguras as rédeas", mas não, não foi possível.
Os sentimentos, suas definições, sua intensidade.Combinam com seu carater e cotidiano, e nunca, nunca pense que você é boa pessoa se no íntimo souber que nunca amou.Antes de você achar que tem tudo, foque-se de novo.São essas provações e essas pedras, que a vida coloca sorrateiramente no caminho, que constroem o hoje.Assim, pode-se encarar com humanidade o outro lado, e a partir disso, opinião e ação são compatíveis, sendo assim, a consideração é algo presente.
Mas enquanto isso, a vítima, em seu auto isolamento se pergunta:
"E quem você acha que vai te ver morrer?"
quinta-feira, 20 de março de 2008
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